sábado, 14 de abril de 2007

Agrocombustíveis: possibilidades e contradições

por Marcos Rogério de Souza

O mundo está entrando em uma nova era no que tange às fontes de energias, com a substituição dos combustíveis fósseis pelo etanol, biodiesel e carvão vegetal. Tida como energia limpa e renovável, os agrocombustíveis – também chamados de biocombustíveis – constituem o principal ponto de pauta das recentes visitas dos presidentes George Bush ao Brasil e Lula aos EUA; são também o carro-chefe das relações comerciais entre o Brasil e a União Européia e o Japão.

Os acordos comerciais que estão sendo negociados abrem a possibilidade do Brasil ser de o principal fornecedor de agrocombustíveis para as grandes potências do planeta. A União Européia tem como meta substituir 20% do consumo de combustíveis fósseis por agroenergia, até 2020; Estados Unidos e Japão têm metas semelhantes.

Se isso se confirmar, haverá um brutal aumento do plantio de cana, soja, mamona e eucalipto. A área plantada pode chegar a cerca de 100 milhões de hectares, o que representa um terço da área agriculturável do país. É aqui que mora o perigo, pois a ampliação da área plantada pode ocorrer sobre o que ainda resta das florestas tropicais, especialmente da Amazônica, e pela substituição do plantio de alimentos.

Um comentário:

  1. La verdad que hacer combustible de los alimentos no es una idea que me termine de cerrar muy bien. Que pasará cuando no quede ni siquiera nada para comer. Es complicado.

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