quinta-feira, 22 de março de 2012

Dúvidas sobre o que eu pensei que nunca teria.

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Não tumultuar a vida", por tia Key.

Sonhei tanto estar no mestrado, seguir vida acadêmica, fazer parte da "elite pensante" desse país. Pra isso, estudei muito, rabisquei quase todas as paredes dessa casa com o que aprendia, com as teorias que não podia esquecer, muito menos o nome daqueles fulanos que as formularam. Muito esforço e consegui! Ingressei para a "elite", e ainda recebendo por isso. Lembro-me como se fosse hoje o dia em que vi o meu nome lá, entre os aprovados. Chorei, pulei, gritei, chorei, sorri, agradeci....uma alegria que não se pode mensurar.

Passada a euforia da conquista, começou a realidade: o estudar (muito), o ler (muito), o escrever (muito). No mestrado, ao menos para mim, tudo tinha que ser 'muito'. Não porque eu desejasse isso, mas porque era o "muito" que me era cobrado. Estas muitas obrigações tiveram que ser conciliadas com a escola, com a minha face profe. O mais difícil, entretanto, foi conciliar os 'muitos' tudo o que eu tinha pra fazer com a pessoa Flávia, que precisava (e precisa) viver, conhecer o mundo, além daquele das obrigações.

O que resultou de tudo isso? Tanta coisa.

Sem saber como, conclui a primeira etapa do mestrado muito bem, academicamente falando; o trabalho....esse não se realizou como de costume, não fui a profe Flávia que sempre fui, nem a que almejo ser; a pessoa Flávia viveu grandes experiências, sorriu o máximo que podia e chorou até a última lágrima.

Muitas emoções para um só ano.

Começo a segunda etapa do mestrado, que agora será na minha home sweet home, será mais tranquila, não porque o processo seja assim: mais leve...mas porque eu decidi que deve ser mais tranquilo, sem cobrar de mim mesma mais do que eu posso dar; o trabalho, este sim, receberá mais cuidado; a pessoa Flávia decide que será mais frequentemente apenas Flavinha, Flá...que tratará de buscar o jeito mais fácil de viver a vida (o que não implica acomodar-se, deixar de sonhar e lutar pelos sonhos). Só decido optar pelo simples, pelo hoje, não negligenciando o futuro, mas não vivendo em função dele.

A academia, aquela do sonho, existe, eu estou nela! mas com ela há também um mundo em que o simples parece não existir. Não basta estar entre os bons (bons em quê?), tem que estar entre os melhores (melhores pra quê, pra quem?). O SIGA diz que eu consegui. Mas que preço estou pagando por isso? Não é ingratidão, de forma alguma, é apenas uma reflexão.

Às vezes é preciso uma pancada da vida que nos faz parar e pensar: "que vida é essa que estou vivendo? O que de fato eu quero mudar? O que é preciso mudar?" Parece que eu já respondi essa pergunta nessas linhas que aqui escrevi....e, principalmente, no meu coração.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cosas que le pasan a uno

Sempre pensamos que somos inalcançavéis para as fatalidades da vida, que nunca nada muito fora do comum nos passará, até que um dia o nada comum se instala em nosso rosto, tomando conta do que não lhe pertence: o meu sorriso, a minha alegria. Justamente por pertencerem a mim e aos meus é que lutarei a cada dia para recuperá-los. Tenho fé em Deus que conseguirei e que tirarei muitas lições desse fatídico episódio. Talvez a primeira delas: testar o meu limite, minha paciência e determinação; a segunda: confirmo a certeza de que eles, os do sangue e os que escolhi para estarem na minha vida...realmente, estão por merecer. Cada palavra, cada sorriso, cada piada na tentativa de levantar meu ânimo, cada "relaxa, Flavinha, vai dar tudo certo", cada "me liga a hora que for, grita, me chama, eu tô aqui", cada ligação, cada colo de minha mãe só confirmam o que eu nunca duvidei: o quanto eu sou abençoada, por ter pessoas que me amam tanto!

Minha vida entra, por umas semanas, em modo de espera. As atividades cotidianas, que eu tanto gostaria de estar vivenciando, ganharão novo ritmo, porque minhas forças a partir de agora estão direcionadas para um novo objetivo: o 100% alegre de novo! Assim será!